Maresia-Mar

Este blog será parte de mim, o encontro de amigos e emoções. Serei eternamente criança, azul de alma e coração... O mar, o meu refúgio, o meu porto seguro!

segunda-feira, novembro 27

Criança de novo... Douro...















Sopra uma ligeira brisa,
ao longe vejo as gaivotas,
esvoaçando sobre o rio.
Mais além um pequeno barco
vai ganhando forma
às mãos do seu criador.
Do cimo da ponte
vejo carros, com pressa.
A marginal, apesar de tudo,
está sossegada.
O sol (envergonhado)
dá-lhe ainda maior beleza.
Do outro lado, Afurada,
agora ainda mais bonita.
Os meus olhos seguem,
encontram o mar, agora calmo,
as ondas sussurram palavras de amor.
Lembro-me de ti,
do teu sorriso,
dos teus braços
quando me rodeiam com ternura.
Dos teus lábios quentes,
das palavras que dizemos.
Eu podia dizer que:
«foi feitiço o que nos aconteceu!»
Sorrio,
desperto para a realidade.
É hora de voltar,
ligo o carro e parto feliz.
O Douro tem o dom
de nos fazer sonhar,
inspira-nos e quase
nos transforma em poetas!
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Eu tive um fim de semana diferente, tive um encontro de familias espectacular, estava mesmo a precisar de uma coisa destas. De lá trouxe oxigénio para uns tempos. Fez-me bem! A gente às vezes precisa de fazer coisas diferentes, parece que todos os nossos problemas desaparecem.. Rejuvenesci!!!
Boa semana para todos

segunda-feira, novembro 20


Aura dourada

Caminho pela praia, areal imenso.
Ao longo do verde e do azul
Exala um perfume a maresia.
Junto ao mar sento-me tristemente:
Sinto uma serenidade nostálgica,
Olho o horizonte e falo com o mar.
Confio-lhe os meus pensamentos,
Falando em ti.
De cada uma das tuas palavras
Que agitam a minha alma.
Na beleza do silêncio compreendo
Que preciso criar uma aura dourada
De felicidade e encantamento
De amar e ser amada
E saber que sempre é tempo de ser feliz.
Este é um poema que a minha amiga Isa me dedicou, neste dias em que tenho andado menos bem, sempre na procura do meu Eu. É realmente importante a gente ter amigos, que estão lá, sempre que precisamos deles. Nem que seja longe, é como se estivessem perto. As suas mensagens e palavras de apoio dão-nos alento para continuarmos e voltarmos a ser aquilo que normalmente somos.
Somos ser humanos, e mesmo que o nosso estado habitual seja o de optimismo, de alegria, de bem com a vida, há alturas em que também vacilamos! É aí que a amizade funciona e eu, posso afirmá-lo, tenho os maiores amigos do mundo!
Obrigado por estarem sempre aí!
Beijos e boa semana, ah, não se esqueçam de serem felizes!

segunda-feira, novembro 13

A vida continua!

Somos como lâmpadas teimosas marchando ao vento.
Trazemos nas mãos essa vocação indomável
dos rebeldes e dos peregrinos.
Nas pálpebras do tempo
vamos somando os dias às noites.
Como pequenas gotas, às vezes no vazio,
como alguém só, no cume do mar,caminhamos...
Às vezes, também nos ombros da alegria,
quando sabemos ser fortes.
seja como for,
subsiste uma palavra, às vezes rouca,
uma sílaba do vento,
uma pálida lâmpada ao fundo de um corredor de nuvens,
uma frescura de luz nos cabelos, nos olhos;
subsiste uma Voz!
Uma pequena ponte, uma lâmpada,
dedos no tear da noite.
Uma carta que segue, um bom dia que chega,
hoje, amanhã, ainda, a vida continua...
no silêncio das lágrimas, nas festas da alegria,
a vida continua...
nas ruas, nas casas, nos carros, no trabalho, dia a dia,
nas mãos que se dão,
nos suspiros dos sonhos,
a vida continua...
Subsiste a Palavra e a Voz.
Ele está!
Escreve direito mesmo nas curvas da nossa vida.

- In Memórias do meu 1º blog -
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Uma boa semana para todos

quarta-feira, novembro 8

Ainda na procura do Eu...




Às vezes a gente precisa de fugir, de sair da rotina, de ver novas gentes, outros locais.
Temos que ir à procura do nosso Eu, de nos reencontrarmos...
Foi o que fiz neste fim-de-semana! Eu tentei, juro que o fiz, mas o certo é que continuo sem me encontrar.
O mau tempo, a chuva, a falta de sol, não sei, barraram-me o caminho e não me deixaram chegar ao lado de lá.
Andei por montes e vales, vi gente de pele enrugada, sem nenhum sorriso no rosto. Vi uma criança ali, outra acolá. Faltava a alegria, faltava vida naquela aldeia. Vi casas desertas e fechadas, vi campos abandonados. Se calhar fui evadida por toda esta nostalgia, pela falta do sol, pelo colorido castanho dos campos.
Eu estou habituada a uma aldeia primaveril, vestida de mil cores, às caminhadas pelas ruelas estreitas. Senti falta do chilrear dos pássaros, do sol a bater-me no rosto, do céu azul, enfim.. definitivamente o outono nada tem a ver comigo!
Eu preciso da Primavera e do Verão para encontrar o meu Eu.. até lá, vou sobrevivendo, tateando, tento encontrar o outro lado.. eu tento, juro que tento, mas... será que me reencontrarei??
O Eu que me caracteriza continua lá, do outro lado, tão perto que quase lhe consigo chegar!!!

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Bom resto de semana, parece que o Verão de S. Martinho está aí, ao menos um pouco de sol para me animar...

sexta-feira, novembro 3

A caminho da Serra

Ao chegar ao alto da montanha
desafia o Eco, gritando:
FELICIDADE
E ela virá de volta,
uma e outra vez,
de cada vez que encontres dificuldades!!
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Este fim-de-semana vou sair do reboliço habitual e vou até à aldeia do meu marido, em Celorico da Beira. Vai ser bom para desopilar dos dias terríveis de trabalho que tenho tido! Vou à procura do meu eu!

Beijocas felizes